"A história da CARPE começa a partir de pessoas, não de uma ideia, pessoas juntas num lugar onde a terra é o centro das atenções: uma faculdade de geografia. Yuri Diniz, Tomás Mendonça, Conrado Stroligo e Fernando Tanscheit, amigos de longa data e colegas de faculdade, entraram bem novos na universidade, cabeças jovens e até então sem muita noção do que o mundo socioambiental significava. A história começa bem antes da CARPE nascer, em 2009, quando Yuri, Conrado e Fernando participaram do curso de Agrofloresta do suíço Ernst Götsch, em Itacaré – BA. “As possibilidades que vi com o Gotsch me surpreenderam muito. Repensei muitas práticas próprias, criei um hábito de sustentabilidade.”, diz Yuri.

Foi com esse hábito que o Yuri propôs em 2011 um projeto na favela da Rocinha, buscando caminhos sustentáveis através de hortas verticais e um sistema de coleta seletiva, em parceria com moradores do bairro. O Tomás foi convidado pelo Yuri a participar, mas o projeto acabou não acontecendo, por dificuldades diversas. Mas o Yuri não ia parar aí: “Eu queria muito fazer aquele projeto, mas tive problemas com o local. Aí pensei: porque não tento fazer algo onde eu moro? E decidi começar no meu prédio, como um piloto de empresa."

O projeto foi para frente, e os dois amigos criaram hortas coletivas no prédio, além de um sistema de coleta seletiva,  usando os conhecimentos que tinham absorvido no curso de agrofloresta e experiências próprias. O piloto de empresa que estavam elaborando se concretizou: Criando Ambientes Revolucionários Pela Educação é uma das muitas siglas possíveis com o nome CARPE. Em latim, CARPE significa aproveitar, curtir. Para eles, significa revolucionar e transformar para viver. "

TEXTO NA ÍNTEGRA: FOLGA NA DIREÇÃO